domingo, 2 de maio de 2010

Ganso, o gênio que só não convence Dunga


Presenciei uma das melhores partidas de futebol no ano na tarde de hoje no Pacaembu. A partida entre Santos e Santo André foi simplesmente espetacular. Show de bola, de ambos os lados. O 3 a 2 no fim foi até injusto pelo futebol mostrado pela equipe da Grande São Paulo na tarde ensolarada de hoje. Mas pelo campeonato como um todo, resultado justíssimo. Ganhou o de futebol mais vistoso,mais gostoso de se ver. Por isso marquei presença no Estádio.

O jogo foi tenso, pegado, catimbado. Tudo que o Santos precisava era um mero empate. Já o Santo André precisava da benção de todos os santos possíveis. Logo no início, deu a impressão que o título iria escapar. Com descidas impressionantes dos laterais Carlinhos e Cicinho, com passes magistrais de Bruno César e Branquinho e finalizações precisas de Nunes e Branquinho, o Ramalhão parecia uma máquina. Em menos de um minuto, abriu o placar com Nunes/Cicinho. Mas o Santos também vinha perigoso. Robinho (mesmo em tarde apagada deu uma explêndida assistência), Neymar, um moleque travesso e craque de bola, e PAULO HENRIQUE GANSO, o verdadeiro maestro e gênio dessa equipe. Em jogada linda, o dono da 7 alvinegra ajeitou de letra para Neymar que driblou 3 antes ade marcar um golaço.

No fim do primeiro tempo, três expulsões, e placar de 3 a 2. A segunda etapa prometia. Mas o jogo em seus últimos 45 minutos foi muito estudado e pouco ousado. Dorival Junior colocou Brum no lugar do exausto Neymar e poucos minutos depois, esse foi muito bem expulso para colocar mais pressão na panela do jogo.

No segundo tempo, o Santos poderia ter perdido, mas não perdeu graças ao santo Paulo Henrique Ganso e a santa trave. Paulo Henrique se mostrou extremamente maduro e pronto para a amarelinha. Como é craque esse garoto, de apenas 20 anos. Carregou a equipe nas costas no segundo tempo. Chamou toda responsabilidade. Carregou esse time, junto com o ótimo Arouca, para o título. Enquanto todos os outros (Neymar, André e Robinho) se esconderam na etapa complementar, Paulo Henrique mostrou porque que é um verdadeiro gênio. Só Dunga não vê. Ganso merece. Ganso convenceu seus últimos críticos e mostrou que está na hora de ser chamado para figurar entre os 23 do anão nervoso.

Ele precisa de apenas um toque para fazer mágica, como no segundo gol de Neymar, e o de número 100 na temporada. Não é a toa que a massa grita, "Não é mole não, o Paulo Henrique é o maestro do Peixão". Em outro lance espetacular, quase marcou do meio de campo. Dá gosto ver esse menino jogar. Não me canso de vê-lo desestruturar defesar com um simples toque na bola. E além de tudo, mostrou muita hombridade e personalidade ao olhar para Dorival e negar sua própria substituição, afirmando que poderia confiar, o Santos seria campeão com participação crucial de PH17. Diferentemente do outro muleque, Ganso não cai. Ganso destrói. Por essas e por outras, Ganso merece ir à Copa. Já passou da hora.

quinta-feira, 8 de abril de 2010

A hora da verdade




O momento mais esperado do campeonato chegou. A hora que veremos como funciona a belíssima equipe de Dorival Junior e a cadenciada (até demais) esquadra de Ricardo Gomes. Nas últimas rodadas, o São Paulo mostrou futebol mais promissor, mais ofensivo e objetivo. Além disso, manteve a sua excepcional defesa, que nos últimos anos é praticamente impenetrável e esse ano contém um elenco mais respeitado. Já o Santos, continua encantando o país com o futebol dos imaturos (cada semana surge algo novo que dá nojo) moleques da Vila. Porém, apesar do belo futebol ofensivo, a defesa é medonha. Dá gosto ver esse time golear. Pelo que os times vêm apresentando, a lógica seria Santos. Mas graças a Deus, o futebol foge de toda racionalidade. Por essa razão, diria que ambas partidas serão abertas, com possibilidade de vitória para os dois lados e provavelmente, um grande show de bola. Aposto no São Paulo, que é uma equipe muito mais equilibrada e sempre vem forte em decisões. O Paulista vai pegar fogo!

PS: Como é delicioso assistir o Corinthians vencer por 5 a 1 e mesmo assim, ser eliminado. No ano do centenário, vemos um belo início...

terça-feira, 6 de abril de 2010

Juntos para sempre


Toques rápidos, alta posse de bola, um futebol vistoso com grandes jogadores, um verdadeiro craque e uma dupla de volantes impressionante. Sabem que equipe é essa? Sim, é o Barcelona. O time joga com enorme harmonia. Vê-lo desfilar pelo campo é tão agradável como grandes obras de Da Vinci, Beethoven e Armando Nogueira. A bola flui deliciosamente como seda pelos mais nobres tapetes europeus encantando o Mundo. Vemos que dificilmente um jogador (com excessão do magnífico Messi) segura a bola. O jogo da equipe de Pep Guardiola baseia-se no futsal, onde quem corre é a redonda. Ao ser perguntado como é possível tal vistosidade, replico que os grandes responsáveis por esta façanha exuberante são Xavi e Iniesta.

Como Gordo e o Magro, Sherlock Holmes e Dr. Watson, Mineiro e Josué, essa dupla é inseparável e extremamente eficiente. A sintonia entre ambos os torna extraordinários e imprevisíveis. Messi é, sem dúvida, a estrela do time. Mas não chegaria a tal posto caso a dupla não estivesse presente, oferecendo passes açucarados e louváveis lançamentos. É de dar gosto o fato de jogarem sempre com a cabeça erguida e a todo momento procurarem deixar a esquadra com um jogo mais bonito e fluído.

É absolutamente invejável a visão de jogo de Xavi e Iniesta. A facilidade com que esses guerreiros consegue deixar um companheiro de frente para o gol é algo de deixar qualquer um com o queixo caído. Por uma porção do campo, Xavi orquestra o time, enquanto no outro flanco está Iniesta, com idêntica maestria. São, de ponto de vista tático, os donos da bola no Barcelona. Claro, ofuscados pelo argentino e por Ibrahimovic, mas que qualquer técnico no planeta desejaria ter.

O entrosamento na dupla é refletido no placar e nas estatísticas. Além de placares elásticos, ambos estão sempre figurando entre os maiores garçons dos campeonatos disputados. A cada jogo, um verdadeiro show. Devido a estes dois explêndidos jogadores. A bola e o campo parecem convidá-los a jogar. A arte dos pés chamada futebol ganha com a presença dessa dupla. Gostoso é assistí-los jogar, verdadeiros artistas do mundo da bola.


PS: Quero ver como jogam juntos, pela Espanha, na Copa do Mundo. A expectativa, por minha parte é enorme, pois com o tempo de treinamento que antecede a competição, acredito em entrosamento de todos os jogadores e como resultado um futebol infernal e veloz.

segunda-feira, 29 de março de 2010

A torcida do burro

O Pacaembu foi palco de um dos melhores jogos do ano na tarde chuvosa de ontem. O clássico Majestoso acabou 4 para o Corinthians e 3 para o São Paulo. Nesse embate dos melhores elencos do Brasil, houve expulsões, falhas bisonhas dos goleiros e zagueiros e belas jogadas. Um tempo dos mandantes e o outro do Tricolor.

Pode-se dizer quando o segundo tempo é melhor que o primeiro que o técnico mexeu de forma correta. Pode-se dizer o contrário também. Esta afirmação cai de forma perfeita no clássico de ontem. Pelo lado alvinegro, Mano mexeu mal. Colocou Jorge Henrique na vaga de Danilo, que fez sua melhor partida com a camisa da fiel; tirou Elias, o melhor corinthano da temporada e pôs Tcheco, nulo até o momento nesse time. Como resultado, o time caiu de produção e permitiu reação do tricolor paulista. Em seu único acerto, tirou Ronaldo, um mero figurante durante todo decorrer da batalha, e pôs Iarley, autor do belo cruzamento para Alex Silva fazer contra sua própria meta.

Já Ricardo Gomes mexeu bem. Após escalar o time de maneira equivocada, barrando Cicinho e promovendo a entrada de Jean na lateral-direita, se redimiu. Jean perdeu as duas bolas que resultaram nos dois primeiros gols. É fato que também deixou o seu, mas não foi o suficiente para apagar suas lambanças. Já no intervalo, perdendo de 2 x 1, percebeu a inutilidade de Léo Lima na partida e lançou Fernandinho, que foi agressivo e sofreu ambas faltas dos gols tricolores na segunda etapa. Tirou Hernanes, extremamente fominha e pouco agressivo e colocou o revoltado Cicinho, que deu assistência para um dos gols de Rodrigo Souto( que fez um partidaço). Já no fim, tirou o cansado Dagoberto e colocou Marlos, dessa vez sumido.

Ricardo Gomes vem causando discórdia na torcida. Alguns não aguentam mais ele. Mas não é plausível tal acusação. Sim, ele perdeu todos os clássicos nesse ano e é evidente que o seu time ainda não rende o esperado. Mas se pararmos para pensar, veremos que o culpado não é ele. Criticaram ele ao escalar Jean e não Cicinho, porém, o segundo não vêm achando seu bom futebol desde que chegou ao time da capital paulista. Portanto, analiso como má escolha, e não um equívoco.

Foi taxado de burro após a derrota ontem, em um clássico decidido nos detalhes, com falhas bisonhas de Rogério e Miranda, ambos jogadores de nível de seleção, enorme azar de Alex Silva, e incapacidade do "lateral-direito" Jean. O que falta nesse time não é técnico, mas sim uma torcida digna de seu time.

Atualmente, ganhar de 3 a 0 é ruim para a torcida. Ela critica o time quando ganha na Libertadores. Esse torneio nunca foi de futebol vistoso. Os jogos sempre pegados, e mesmo assim, o São Paulo conta com ótimo aproveitamento até o momento. Uma torcida que não comparece aos estádios, coloca míseros 30 mil em um jogo de Libertadores no Morumbi. Se o time anda apático é devido aos torcedores meia-boca que preferem ficar na internet criticando do que apoiar o seu time no estádio.

Ricardo Gomes faz um bom trabalho. Organizou o meio de campo, fazendo, ora Léo Lima, ora Cléber Santana e Hernanes de armadores, está ensinando o time a jogar com dois zagueiros e promove um rodízio necessário se tratando da preferência de um torneio, almejado por todos.

Me impressiono com a ignorância de alguns torcedores. Torcedores aqueles que acham que toda jogada precisa dar certo. Mas, para quem já jogou, sabe que 90% das chances são desperdiçadas, e que 3 a 0 é goleada. Se o time anda sem brio, é porque a torcida o afunda cada vez mais. É a torcida "modinha" que não sai do computador que acha que um time desse consegue jogar sem apoio. Que clássico não precisa do apoio geral. É vergonhoso.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

O mago fora da Copa?


Hoje Dunga convocou a seleção para o último teste antes da Copa do Mundo na África do Sul, evento mais esperado dos últimos quatro anos. Diante de grande expectativa em volta do retorno de Ronaldinho Gaúcho à seleção pentacampeão, o ex-capitão surpreendeu. Não o chamou. Chamou o mago Kleberson. Sim, este já chutou uma bola no travesssão em uma final de Copa do Mundo, porém, não chega aos pés de Ronaldinho.

Dunga sabe disso. Mas o técnico adora ousar chamando um jogador mediano, como é o caso de Elano e Gilberto Silva, insistências constantes do teimoso "anão". Porém, esses jogadores sabem como honrar a amarelinha da forma que o professor gosta. Boleiros humildes que vestem com muita lealdade o manto sagrado.

O grupo de Dunga não é espetacular, mas é constante.
O centro-avante principal não é e nunca foi taxado como grande craque, mas nunca deixou a desejar. O meio é bom, mas não é nenhum "quarteto fantástico". Porém jogam com amor à camisa, sem estrelismo e muita disposição. Seu time titular, Robinho à parte, é sério e guerreiro.

O técnico tem um ego enorme. Isso pode ter interferido na volta de Ronaldo Gaúcho. Mas não há do que reclamar. Com esse grupo, individualmente contestado, Dunga faturou a Copa das Confederações e raramente perde um jogo. A equipe é unida e joga coletivamente. Não chamar o craque rubro-negro pode ser um indício de que o professor tem receio do oba-oba. E justifica: " Ou estavam errados em 2006 ou estão errados agora". Com essa afirmativa, Dunga indica que está confiante com o grupo e que dificilmente um grande craque será recrutado no dia da convocação final.

Não há a menor dúvida de que o Gaúcho encantaria à toda população mundial, mas iria ele jogar o quanto se espera dele? Teria ele a determinação que os outros demonstram? Como Dunga não quis experimentar dessa vez, infelizmente não acredito em uma convocação de Ronaldinho na lista definitiva. Acredito que seria um grande "reforço", mas colocaria em xeque todo o trabalho de Dunga. Não contesto essa decisão do técnico.


PS.1: Nesse caso, não vejo equívoco. Mas em outros vejo, e graves. Miranda mostra um futebol constante e maduro há anos e nunca teve uma posição assegurada entre os 22. Já Luisão joga à nível mediano há anos e é sempre convocado. No gol, a posição de titular é incontestável, mas chamar Doni, reserva de outro brasileiro na Roma é exagero. Na lateral esquerda, André Santos é sempre manchete de jornais mundo afora, mas não creio que Dunga olha pra Turquia. Gilberto está velho, nunca foi genial, e têm jogado de meia. Kleberson. Um volante/meia que joga à um patamar abaixo de Hernanes, Lucas e Denílson(Arsenal).

P.S.2: E o Neymar? Poderia ser lembrado.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Winning 11


Nesse começo de ano vejo um grande equilíbrio entre os clubes grandes paulistas. Por isso, decidi fazer uma análise de cada um dos grandes respondendo a análise de Carlos Cereto, do Sportv.

Corinthians:

Felipe; Alessandro, William, Chicão, Roberto Carlos; Ralf, Elias, Tcheco, Danilo; Ronaldo(Iarley), Jorge Henrique.

O time da fiel é equilibrado, bem montado taticamente. Com saída em ambos os flancos, além de ter Elias vindo pelo meio como elemento surpresa, esse time promete. Caracterizo esse time como uma esquadra com potencial para muita posse de bola. Porém lento. Para solucionar esse problema, a bola deve rodar muito o campo rapidamente, buscando imitar o estilo de jogo do Barcelona. Se Mano fizer isso, o Corinthians dificilmente será batido.

Com Ronaldo em campo, os 11 praticamente jogam em função do fenômeno. Ou é o que parece. O time adversário quase sempre não tem coragem de deixar apenas um jogador marcando o Gordo. Com isso, Jorge Henrique se torna o protagonista da equipe, com muito mais espaço livre. Já com Iarley (Ronaldo não irá jogar sempre), o time precisará ter mais posse de bola e colocar a responsabilidade na criação de Danilo e Tcheco. Se houver sintonia na equipe, o Corinthians tem tudo pra acabar a temporada com, ao menos, um título em mãos.

Palmeiras:

Marcos; Figueroa, Danilo, Léo (Maurício Ramos), Armero; Pierre, Edinho (Márcio Araújo), Lincoln (Deyvid Sacconi), Cleiton Xavier; Diego Souza, Ewerton (Robert).

O time de Muricy Ramalho é o mais frágil entre os três grandes times da capital. Com a má fase de Armero, a equipe perde a força e um pouco de confiança. O que impede o Palmeiras de deslanchar é a fraquíssima qualidade do elenco. Com poucas boas opções no banco, o técnico terá de fazer milagre e "tirar leite de gato".

Essa é uma esquadra que hoje depende plenamente de Cleiton Xavier (participante de mais de 90% dos gols do time na temporada) e Diego Souza, um craque, sem dúvida, mas com pouca cabeça e maturidade. Outro ponto positivo nessa equipe é a segurança que Pierre, na minha opinião, o melhor volante do Brasil, passa à defesa. Assim ele libera os outros para atacar.

Espero para ver se Lincoln e Ewerton irão se encaixar nesse time. Sinceramente não os conheço. Se estes não forem bem, o Palmeiras definitivamente acabará esse ano sem nada.

Santos: (Apesar de não ser time grande e nem da capital, aqui vai...)

Felipe (Fabio Costa); George Lucas (Pará), Edu Dracena, Durval, Léo; Arouca, Wesley (Marquinhos), Paulo Henrique Ganso; Robinho, Neymar e André.

Dorival Júnior mal chegou e já começou a montar um time muito veloz e muleque, que promete infernizar os adversários. Essa equipe conta com as descidas pelas laterais de Robinho e Neymar, os lançamentos precisos de George Lucas e P.H. Ganso e a estabilidade dos volantes. Arouca veio como ótima contratação e se jogar o que jogou nas oportunidades pelo Tricolor, irá se destacar. A defesa é uma aposta, não é 100% confiável, mas tem certa qualidade.

São Paulo:

Rogério Ceni; Alex Silva, Xandão, Miranda; Jean, Rodrigo Souto (Richarlysson), Hernanes (Léo Lima), Jorge Wagner, Marcelinho Paraíba (Cléber Santana); Dagoberto (Fernandinho), Washington.

A diretoria são-paulina contratou muito bem. Trouxe uma dúvida enorme para Ricardo Gomes, e acredito que não será possivél manter onze jogadores titulares. Vejo nessa equipe, no mínimo, 15 jogadores com potencial para serem da escalação inicial. O elenco são-paulino é, sem dúvidas, o mais qualificado da capital.

Após um começo de experimentações, Monsieur Gomes descobriu Xandão, Léo Lima, Marcelinho Paraíba e Cléber Santana. Esses jogadores contém potencial para se destacarem no Tricolor Paulista e até então, correspondem de maneira convincente. A zaga perdeu André Dias, um dos melhores beques atuais, mas ganhou Alex Silva, que teve ótima passagem no início da carreira. Ainda ganhou Xandão, que impressiona tanto pelo tamanho, tanto pela técnica.

A lateral-direita continua sendo o ponto fraco, embora Jean vêm jogando bem apesar de não saber bater na bola de forma decente. O resto do meio-campo é de altíssima qualidade e mesmo sofrendo alguma baixa, há peças de alto nível para substituí-las. Apesar de não ser o fã número 1 de Washington, o cara faz os seus gols e como é o único centro-avante da equipe, tem lugar cativo.

O Tricolor promete esse ano. Tem elenco para todas as competições e dúvido que neste ano sairá de mãos vazias. Seria ótimo estragar a festa dos corinthianos no ano do centenário deles.


Após analisar todas as esquadras, acredito que O São Paulo sai na frente de seus rivais, seguido por Corinthians, Santos e Palmeiras. Porém, não me arrisco palpitar resultados em confrontos entre as equipes, pois afinal, "Clássico é classico".

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Choque nada majestoso


O choque-rei entre São Paulo e Palmeiras nesse fim de semana tinha tudo para ser um dos melhores jogos do campeonato Brasileiro. Líder contra o terceiro colocado, clássico paulista, Muricy do lado oposto, enfim, recheado de fatores para ser um jogo bonito de se ver. Foi um jogo disputadíssimo, mas pecou na parte técnica. Diria que os protagosnistas estavam fora do campo de batalha. Love e Muricy. O técnico palmeirense conhece cada pensamento dos jogadores tricolores, sabe quais as jogadas do time, enfim, foi um grande reforço para o alviverde.

Monsieur Gomes mostrou que não fez muito mais do que trazer a confiança de volta aos jogadores. Se tivesse feito uma reestrutura completa, suas jogadas não seriam manjadas para Muricy, seu time teria cartas nas mangas para fugir do nó tático aplicado pelo palmeirense. Acho que mais do que os goleiros, quem garantiu esse empate sonolento foram os comandantes do time. Com um elenco de tal expressão, Ricardo poderia ter modificado a equipe, colocando jogadores como Gonzalez e Marlos para confundir o bloqueio armado por Ramalho. Faltou um pouco de ousadia para o técnico são-paulino.

Já Muricy foi covarde.
Foi ao Morumbi para sair com um empate. Armou seu time em um 4-4-2 defensivo, com escape pelas alas. Começou o jogo com dois primeiro-volantes, Pierre e Edmílson. Diria que desperdiçou a capacidade de armação de Cleiton e Diego. Deixou um vácuo no meio para o São Paulo atacar por lá mesmo e parar na forte marcação dos cães de guarda. Realmente anulou Hernanes e as avançadas surpresa de Richarlysson. Esperto, mas típico de Muricy, na retranca. Para agravar a situação, tirou Ortigoza (um tanto apagado) no meio tempo e colocou outro volante. Apesar de ter assumido a função de segundo-volante, Souza é marcador. Ou seja, mais um ato medroso do técnico.

A bola não chegou aos atacantes são-paulinos justamente pelo fato de Muricy ter entrado em campo com uma postura de time pequeno, encolhido, esperando os contra-ataques. Devido ao técnico alviverde, o jogo foi truncado e chato. Pelo jogo, o empate foi mercido; pela postura demonstrada por Muricy Ramalho, foi injusto. Se jogar assim no resto do campeonato, continuará a empatar fora de casa, e, com o campeonato disputado da forma que está, garanto que não será o suficiente.

Dentro de campo, muita luta, muita determinação, mas pouca pontaria. Os dois lados erraram inúmeras finalizações, e para marcar gols em Rogério ou Marcos, é preciso colocar o pé na chapa. Destaque para os sistemas defensivos de ambos os times. O meio ficou truncado, sem graça. E o ataque mal recebeu as bolas. O empate foi justo, mas o resultado é péssimo para o São Paulo que tem agora um jogo complicado contra o Cruzeiro no Mineirão. Vamos Jason, vamos renascer novamente!